quinta-feira, 19 de agosto de 2010

se essa rua fosse minha...

... se sentíssemos como sendo nossa...


As fotos foram feitas com o celular para aproveitar o instante, pois apesar de vez ou outra dar uma volta por aqui, também não sou frequentadora assídua dos espaços públicos da cidade, ainda que sejam do lado da minha casa.

Esta é a área verde entre a 110 e 111 sul.
Largada, abandonada, com parquinho e bancos quebrados, plantas sem manutenção.
Além do mais são cercadas, com um único local "oficial" de entrada.
Cercadas por quê? Para justamente dificultar o acesso?

Já pensou como seria bom se fosse bem conservada e utilizada?
Poderia ter carrinho de pipoca, quiosque com água de coco, banca de jornal que pudesse servir um cafezinho...
Poderia ser uma praça de fato.
Uma praça de convivência, um local de encontro, colorida, alegre, com permissão para exposições de artesanato e cultura.
Com certeza, sendo bem utilizada, ao menos iria estimular o passar de pessoas. Daí, pra irmos de uma quadra à outra, não pensaríamos em pegar o carro e contribuir com o crescente engarrafamento dos comércios locais. Poderíamos ir à pé ou de bicicleta, dando uma passadinha por dentre a praça.

Hoje, o que entendemos por praça tá mais para Praça de Alimentação em shoppings ou qualquer coisa parecida.

Aliás, posso apostar que se não tivermos um movimento forte de ocupação e revitalização destes espaços, brevemente encontraremos algum tipo de edificação neles, provavelmente minishoppings ou qualquer coisa comercial do tipo.

Faz parte da minha memória (cidadã) irmos brincar na praça. Aos finais de semana sempre tinha alguma coisa diferente, como pula-pula (que acho que não tinha bem esse nome e era todo fechado numa espécie de bolha). Na praça também tinha fonte de água, com direito a música "ambiente". Sim. Isso já faz mais de 30 anos e eu morava no interior de Minas Gerais. A praça tá lá até hoje, mas também não sei se ainda tão utilizada como antes.

E assim vamos nos acostumando à vida na cidade, onde há cada vez menos espaço para convivência, troca. Cada um na sua.

(Em tempo: Domingo fomos assistir "O filhote do filhote do elefante" da Cia Esquadrão da Vida e para nosso espanto ficamos sabendo que muitos grupos de teatro de rua estão sendo proibidos de se apresentarem em espaço público!!!)