quinta-feira, 5 de agosto de 2010

parquinhos

09h50 - manhã de sol e vento. À sombra, um vento fresco insiste em lembrar que estamos no inverno, ainda que sob o sol esteja quente pra caramba. O céu azul e as árvores secas também não deixam dúvidas: estamos em agosto, um dos meses mais secos de Brasília.

No parquinho de areia as crianças se divertem ignorando a poeira branca que levantam com suas brincadeiras de correr. Nada depois que um bom banho e soro fisiológico no nariz não deem um jeito. (Espero!)

E eu, um pouco mais afastada, observo a dinâmica do lugar. Aliás, bem diferente do comentado pelo Daniel Cariello, em seu blog Chéri à Paris, sobre os parquinhos de Paris.

Há muito tempo já percebi a subutilização, ou abandono mesmo, dos espaços públicos de Brasília, tanto pela admnistração política quanto pelos cidadãos, pois uma coisa puxa a outra. Cidade planejada e muito arborizada, Brasília tem grandes áreas verdes (ainda que com períodos de seca), com quadras de esportes e parquinhos, mas a utilização é mínima. Principalmente das áreas entre as quadras residenciais.



Bem diferente das crianças, jovens mães, avós e pré-adolescentes encontrados pelo Daniel, no parquinho onde estamos encontram-se meia dúzia de crianças pequenas (2, 3 anos) cada uma com sua babá. E é isto.



Onde estão as crianças maiores? Academias? Aulas extras-classes?
E os vovôs? Em casa? Sozinhos? Vendo televisão?
Os adolescentes, provavelmente ainda dormindo? Entretidos com seus eletrônicos?

Acho triste, pois além do calor do sol, estamos perdendo aconchego da natureza e troca de calor humano.