terça-feira, 15 de novembro de 2011

o que importa


pouco importa de quem são essas mãos entrelaçadas, esses pés lado a lado...
o que interessa é a sensação que essas imagens imprimem em nossos pensamentos...
em mim a sensação é por demais boa para correr o risco de me decepcionar com os reais personagens...
deixa assim.
os personagens eu reinvento.

domingo, 23 de outubro de 2011

its only rock n roll

Gosto de moda com alguns limites. Nunca fui de querer usar o que todo mundo está usando, muito pelo contrário. Já depois de alguns bons anos de vida vejo a moda de maneira diferente e bem interessante. Depois que vi essa Melissa by Vivienne Westwood, no pequeno número da A.t, não tirei ela da cabeça enquanto não trouxe uma para casa. O bonitinho é que levei a baby para experimentar, juntamente com o modelinho tradicional da Melissa (que também é fofo), mas não é que ela escolheu esse aqui? Acreditem, com um ano e dois meses ela já demonstra o que quer. E tem bom gosto!

Para a M. ficamos com uma linda Melissa Aranha vermelha. Combinou muito com o jeito "menina moleca começando a se ligar no que veste". Show

Ao chegar em casa fui dar uma bisbilhotada no site da Vivienne e gostei muito desse modelo aí embaixo para mim mesma. Mas aqui está um exemplo de um limite na minha admiração pela moda... esse modelito estará aqui em casa apenas em pensamento...mesmo porque tudo é em "centos" euros!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

mas é certo que a primavera chega. é certo que a vida não se esquece...

Há muito que a grama cedeu lugar às folhas caídas.
Difícil acreditar que a primavera já começou.
Com os olhos e corpo habituados à tanta aridez, os suspiros veem com cheiro de terra molhada.

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

...

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

"Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

escola do lado de fora



Inspirada pelo livro Sem Escola, sem documento ( onde uma amiga muito querida e competente, Luciana Campolina, colaborou com um capítulo) e impulsionada pela alma geminiana que pensa que tudo pode desde que pelo caminho do bem, convenci a M. a mudar de endereço de estudo hoje à tarde. Lá fomos nós passar uma tarde no CCBB.

Primeiro assistimos curtas infantis do Anima Mundi. Realmente, o último dos 7 curtas da tarde, Ormie, o Porquinho mostrou porque foi o vencedor do prêmio de melhor curta pelo júri popular no Rio e São Paulo. Desenho bacana, leve e divertido que mostra as estratégias do porquinho para alcançar um ponte de biscoitos!

Depois fomos ver a exposição Anticorpos dos Campanas. É muito interessante ver de perto criações tão bacanas, bonitas, feitas com material tão simples, como papelão, eva/borracha, cordas, bonecas... Valeu muito e a M. ficou super atenta à tudo que a monitora falava. Eu só fiquei com uma dúvida: a monitora disse que o nome Anticorpos quer dizer resistência à produção em série. Será? Pode ser. Mas talvez uma referência ao que não tem um "corpo", formato, padrão certo e reto. Pena que não podia fotografar...

Pra fechar a tarde, brincadeiras com muitas crianças de escolas públicas na exposição permanente Casulo com as esculturas interativas de Darlan Rosa. Aliás, achei muito bom ver tantas crianças uniformizadas (todas de escolas públicas) aprendendo também fora da escola! Fiz questão de falar com algumas professoras e elogiar a "excursão".


PS: o "parquinho" não tem areia e as crianças também se divertem muito!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A mesma coisa


Estávamos curtindo uma à outra quando eu disse que achava que ela é a filha que toda mãe gostaria de ter.


"Por quê?" Indagou curiosa.


"Ah, por que você é carinhosa, amiga, gentil, companheira..."

E com um sorrisinho mais doce e bonito, respondeu:


"E o que toda filha quer de uma mãe?"


" A mesma coisa!"


Risos meu e dela.


(Ilusão achar que nós é que temos muito a ensinar aos pequenos. Eles nos mostram, espelham, nos ensinam. Que tenhamos ouvidos para ver!)















quinta-feira, 23 de junho de 2011

ensaios

Com 10 meses de idade a A.t. ensaia seus primeiros passinhos. Ainda com apoio de nossas mãos, ela dá passos bem tranquilos e meigos, do jeito que ela é. Mas também são passos longos, já demostrando que sabe onde quer chegar : ) !

quarta-feira, 30 de março de 2011

e o tempo passa!

Uau! Já se passaram praticamente dois meses da última vez que estive por aqui. Várias vezes abri a página e não consegui ordenar os meus desejos de escrever sobre o quê primeiro. Fato é que ter uma menina de quase 6 anos e uma bebê de 6 meses em casa consome muitas energias e gera muitas coisas pra contar. Vou falar de hoje!

Logo pela manhã percebi que, finalmente, despontou o primeiro dentinho da tt. Além de uma agitação maior e despertares durante a madrugada, não percebi outras alterações. Havia me esquecido como é emocionante perceber mais esse desenvolvimento. Achei lindo! Mais uma explicação porque leva tudo à boca!




Mais tarde fomos, eu e m., à exposição de Mariko Mori lá no CCBB. Fomos especialmente para ir à instalação interativa Wave UFO. Bem interessante. Num ambiente meio futurístico, meio asséptico, eletrodos grudados em nossas testas projetam imagens de acordo com as frequencias dos nossos pensamentos. Para minha alegria e satisfação de mãe (muito embora saiba que se trata de uma arte, e não de um experimento científico), as imagens projetadas pela m. foram azuis e amarelas, que estavam relacionadas à uma frequência beta e teta. Ou seja, bem mais zen do que as da mãe-iogue, que foram vermelhas!

Muito interessante também foi sua surpresa (e minha) quando passamos pela Esplanada dos Ministérios, a caminho do CCBB, e ela disse: "Ministério do Meio Ambiente?" Sim. Já está lendo. Super concentrada no "sonzinho das letrinhas" , como é ensinado no método montessoriano. Um vídeo para deixar registrado suas primeiras conquistas no mundo letrado!



E eu? Ufa! Depois de curtir as crianças, ir à exposição, fazer feira, trabalhar duro, tentar comer alguma coisa ao voltar pra casa, ajudar a m. com o dever, brincar com a tt, colocar as duas para dormir e contar um pouco do que fizemos aqui, finalmente também vou dormir (00h30!), pois sabe-se lá como será a noite, e a manhã, com certeza, começa cedo. Só mesmo o deleite em participar da vida dessas pequenas pra recarregar minhas energias!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

a foto que não foi registrada

(foto)

Estávamos na praia, curtindo o sol, o sal, uns aos outros.

O hotel foi escolhido para proporcionar dias de diversão, tranquilidade e conforto para todos, de nenên à vovô. Como todo resort, a programação para a criançada era de tirar o fôlego, literalmente. Tenho minhas críticas à isto, mesmo porque eu acho que o bom mesmo era quando a gente se divertia à nossa própria vontade, com nossa imaginação e nossas "regras". Agora, até nas férias, tem gente pra "orientar" as crianças sobre o fazer... bem, ...foi uma experiência.

Seguindo a programação do "clubinho", um dia fui acompanhar a M. numa brincadeira na praia, à beira do rio. Enquanto os monitores se esforçavam para atrair a atenção de uns vinte meninos entre 4 e 8 anos sob o sol escaldante da Bahia, em pleno meio dia (!), meu olhar foi atraído para outros dois meninos que por ali estavam. Na hora pensei na oportunidade perdida de fazer uma bela fotografia, mas a máquina estava longe. Embora na mesma margem do rio, eles estavam muito, muito distantes da realidade daquela criançada. Acho que tinham por volta de 10 anos de idade e carregavam redes de pesca. Entre uma olhada e outra de canto de olho para a turma de meninos de pele clara (ainda que queimada pelo sol), com roupas de banho de grife e protegidos com bloqueadores solares caros e importandos, eles miravam com atenção através da água límpida e com cuidado e destreza, lançavam suas redes ao rio.
Eram negros, magros, esguios, com poucos, mas bem definidos, músculos exercitados pela lida diária e pelas brincadeiras que dispensam monitores e que toda criança ainda deveria saber e gostar de fazer: simplesmente correr, nadar e pular.

Após sucessivas puxadas de rede vazia, arrisquei puxar conversar e perguntei se as crianças estavam espantando os peixes deles. A resposta, com olhar baixo, quase antes de eu terminar a pergunta foi: "Não senhora!" E saíram do rio, carregando suas redes para outro lugar, sem olhar para trás.

Tentei decifrar o olhar deles e não consegui ver se havia algum tipo de admiração ou vontade de brincar com as outras crianças, ou outro sentimento como curiosidade, indignação, inveja, raiva, sei lá... talvez porque o olhar deles reflita a anestesia que precisam para seguir adiante com tantas limitações. Talvez, o mais provável, que seja o meu próprio olhar, cheio de ego e conceitos formatados que me torne incapaz de ver.

Click!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

alegrias para encher muito mais de uma mão...


Embora os dedinhos apontem para o número 5 e a sensação seja de "mão cheia", as alegrias transbordam para muito mais do que isso.

A.t. completou hoje 5 meses. Já faz tantas coisas de bebezinho que me deixa com saudade do tempinho de recém-nascida. Ninei muito, e muitas vezes me diziam que era melhor acostumá-la no carrinho, na cama, no berço... mas agora, muitas vezes, ela mesma faz menção em sair do colo para ter mais liberdade, para descobrir seus movimentos, seu corpinho, para descansar., dormir, ... Acho isso lindo e já tenho saudades do tempo em que ela ficava muuuuuuuiiiiiiito no colo. Já rola de um lado para o outro, reconhece as pessoas queridas e próximas, sorri também para os desconhecidos, pega no pezinho, levanta a cabeça com olhar vibrante e curioso, sente falta e procura pela irmã, dá gargalhadas, faz carinho, puxa o cabelo de quem está por perto, adora as frutinhas (mas também não dá muita bola para o mamão assim como a mamãe e a irmã...) chupa o dedinho (ops! vamos ver onde isso vai dar...) e continua dengosa, meiga, tranquila e "sabendo bem o que quer".

M., com 5 anos completos, surpreende a cada dia. Tem um vocabulário que vai do infantil ao rebuscado, passando pelo cômico. É uma companhia maravilhora, aliás, marivilhosa! Reconta trechos de filmes de uma maneira detalhada e divertidíssima. Gosta tanto de cachorros que já me convenceu em adiantar a promessa de comprar lhe um. Um dia ela disse que gostava muito de aprender. Eu e o pai a elogiamos e ela disse: "É..., mas eu queria mesmo era aprender como faz pra você me dar um cachorro!" Depois dessa eu pedi apenas um tempo para sua irmã crescer mais um pouquinho... Desenha com habilidade, criatividade e detalhes. Continua me dando lições de sabedoria e amor.



sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

quando a chuva dá uma trégua...




... a gente se diverte nas poças!
"Mamãe, tira a sandália pra você ver como está uma delícia essa aguinha!" (M.)
E realmente estava ótima...